Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde, Instituto de Tecnologia em Fármacos, Fundação
Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil
Diante da pandemia de COVID-19 e da escassez de ferramentas para orientar as ações de vigilância, controle e assistência de pessoas infectadas o presente artigo tem por objetivo evidenciar áreas de maior vulnerabilidade aos casos graves da doença na cidade do Rio de Janeiro. Para o estabelecimento dessas áreas foi elaborado um índice de vulnerabilidade aos casos graves de COVID-19 a partir da construção, ponderação e integração de três planos de informação: a densidade intradomiciliar média, a densidade de pessoas com 60 anos ou mais e a incidência de tuberculose por bairros no ano 2018. A ponderação dos indicadores que compuseram o índice foi realizada por meio da Análise Hierárquica de Processos e os planos de informação foram integrados por álgebra de mapas. O índice de vulnerabilidade aos casos graves foi dividido em cinco classes com diferentes percentuais de área e de população de abrangência. São elas: muito baixa (41.9% da área e 16.6% da população residente), baixa (13.4% e 20.5%), média (17.4% e 21.2%), alta (18.3% e 20.3%) e muito alta (8.9% e 21.3%). Esta heterogeneidade evidencia a existência de áreas mais vulneráveis em diferentes porções do território refletindo a sua complexidade urbana. Contudo é possível observar que as áreas de maior vulnerabilidade se encontram nas
Regiões Norte e Oeste da cidade e em comunidades carentes encrustadas nas áreas
nobres como as Zonas Sul e Oeste.