Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: A Pandemia da COVID-19 tem causado sobre a população mundial impactos diretos na saúde física e mental, economia, política e relações sociais, dentre elas a educação. Nesta perspectiva, este trabalho analisa os efeitos da pandemia na área da educação no contexto espacial do Brasil e de Cuba, identificando as medidas adotadas, uma vez que o processo de aprendizagem depende diretamente do bem-estar, da saúde física e mental de alunos, professores e familiares. A partir das discussões apresentadas, destaca-se a ausência por parte dos governos dos países de um levantamento estatístico sobre a realidade, sobre as desigualdades regionais, do ponto de vista das infraestruturas nos países e sobre o acesso a internet por professores e alunos no caso do Brasil, uma vez que Cuba por dificuldades de acesso a rede mundial de computadores optou por tele aulas. Com isso, a dinâmica das famílias com crianças e adolescentes tem exigido um esforço maior dos pais, responsáveis e/ou cuidadores, que também é um impacto a ser considerado, uma vez que grande parte não possui preparação para a educação a distância no lar. Portanto, as medidas até agora adotadas são questionáveis quanto aos aspectos qualitativos não considerados no processo ensino aprendizagem e necessitam de mais reflexões e debates em torno da modalidade de ensino proposta frente ao contexto da pandemia, principalmente na educação básica.
Artigo disponível em: COVID 19 e os impactos na educação: percepções sobre Brasil e Cuba