Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: Este artigo visa analisar a espacialização das taxas de incidência e mortalidade por COVID-19 na RIDE, a capacidade de atendimento da rede de saúde e as medidas sanitárias de contingência adotadas. Foram analisadas as taxas de incidência, mortalidade e ocupação dos leitos de UTI, a disponibilidade de respiradores e ambulâncias de emergência bem como as recomendações de saúde disponibilizadas pelo MS e secretarias estaduais de saúde. Desde o primeiro caso, observou-se um progressivo aumento diário e a taxa de incidência variou de 2,2 a 271,7 (casos por 100 mil habitantes) concentrando-se em Brasília-DF (53,6), Goianésia-GO (40,0) e Valparaíso de Goiás-GO (10,1) enquanto a maior taxa de mortalidade ocupa as regiões mais periféricas. Apenas 10 municípios e o DF apresentam o mínimo de leitos estabelecidos e o número de respiradores e ambulâncias atuais não atendem à demanda. Apesar do fluxo de pessoas em busca dos serviços de saúde em outro estado, não foi identificada essa previsão nas medidas de contingência estabelecidas pelas secretarias de saúde do DF, GO e MG. A experiência adquirida nesta pandemia evidencia a relevância de um sistema de saúde público, universal e gratuito e revela as fragilidades resultantes do subfinanciamento crônico do SUS.
Artigo disponível em: COVID-19 na região integrada de desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (ride): distribuição espacial e medidas sanitárias de contingência