Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: A pandemia da COVID-19, em curso, consiste em um fenômeno geográfico intrinsicamente associado à globalização neoliberal, que tem causado vários questionamentos e incertezas. Logo, por sua essência, ela deve ser pensada a partir do espaço, sendo, portanto a Geografia chamada a oferecer contribuições para o seu entendimento. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo realizar uma revisão crítica que permita o entendimento da expansão da COVID-19 em uma perspectiva geográfica. Deste modo, aborda-se os elementos que motivam as crises do período atual; a difusão e as consequências diferenciais da COVID-19 nos lugares de acordo com os usos do território, o que implica em exposição e vulnerabilidade distintas; e por fim, reflete-se sobre lições para o futuro considerando as possibilidades técnicas e ações disponíveis, ressaltando na perspectiva da saúde, a importância de seu entendimento a partir da determinação social e de sua promoção via Políticas Públicas intersetoriais. De fato é inegável que a conjuntura atual, de urgência e calamidades, evidencia muitas contradições/erros e consiste uma oportunidade para mudanças.
Artigo disponível em: (Des)esperanças em tempos de pandemia: problematizações sobre a COVID-19 a partir da Geografia Crítica