Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: A pandemia da COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde, é uma emergência de saúde pública de importância internacional. Os agravos à saúde humana pelo vírus SARS-CoV-2, e os impactos socioambientais e econômicos dele decorrentes, exigem respostas imediatas e articuladas, envolvendo estudos de diferentes áreas do conhecimento. Nesta perspectiva, este artigo é resultado de um estudo em desenvolvimento, de caráter exploratório, descritivo e analítico, que objetiva mapear a distribuição espaço temporal dos casos confirmados e dos óbitos registrados no estado de Mato Grosso do Sul. Da mesma forma, visa identificar, na rede urbana, a associação espacial entre os níveis de centralidade e os 280 casos positivos. Considerando sete semanas epidemiológicas, pode-se afirmar que, de forma geral e preliminarmente, o contágio evolui dos centros urbanos de maiores níveis de centralidade para os de menores níveis. Por outro lado, as interações espaciais heterárquicas também contribuem para compreender o início do contágio em centros de menor nível hierárquico. Ressalta-se que os resultados podem contribuir com a vigilância em saúde estadual, oferecendo subsídios para a priorização de locais para ações, para o monitoramento e para estudos que possam identificar riscos e vulnerabilidades socioambientais.
Artigo disponível em: Espacialização dos casos de SARS-CoV-2 na rede urbana de Mato Grosso do Sul: uma análise da 11ª à 18ª semana epidemiológica de 2020