Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: Este estudo visa a apresentar a situação da fase inicial da pandemia da COVID-19 em Mato Grosso e avaliar a atuação do poder público. Trata-se de estudo retrospectivo descritivo em que são utilizados dados secundários obtidos em diversas fontes oficiais. Mato Grosso apresentava até o início do mês de maio de 2020 ritmo lento de crescimento do número de casos da COVID-19. A doença se concentrava nas cidades-polo e com pouca dispersão para as cidades vizinhas. O estado apresenta razoável estrutura hospitalar, porém com graves discrepâncias regionais. O conhecimento sobre a disseminação da COVID-19 mostra que as medidas de isolamento e distanciamento social foram importantes para frear o rápido crescimento da pandemia e que outras estratégias de combate à pandemia devem estar apoiadas em pesquisas acadêmicas e científicas e em levantamentos, análises e planos de atuação dos governos com a participação de atores sociais e da população. Acreditamos que, com a flexibilização das medidas de isolamento e intensificação dos fluxos entre as cidades do estado, a rede urbana terá papel fundamental na difusão espacial da doença e disseminação do vírus. Dessa maneira, as teorias e técnicas geográficas de análise urbano-regional serão imprescindíveis para melhor entendimento e elaboração de estratégias para contenção da COVID-19.
Artigo disponível em: Fase inicial da pandemia da COVID-19 em Mato Grosso: distribuição espacial e avaliação