Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: Diante da ocorrência de RNA do SARS-CoV-2 em fezes de pacientes infectados, este artigo apresenta informações acerca das vantagens do uso de modelagem ambiental de sistemas de esgotamento sanitário para o diagnóstico coletivo da COVID-19, especialmente no Brasil. A revisão da literatura foi conduzida, principalmente, em bases de dados científicas eletrônicas, nacionais e internacionais. Apesar de, até o momento, poucos estudos indicarem o potencial de contaminação do SARS-CoV-2 pelo esgoto sanitário, as análises realizadas direcionam para que esta proposição seja considerada nas ações de vigilância à saúde. A abordagem da Epidemiologia de Esgotos tem sido utilizada com sucesso em alguns países para rastrear e fornecer alertas precoces de surtos de vírus. No Brasil, considerando o aumento de casos da COVID-19, as restrições da testagem em massa e as condições fragilizadas do saneamento, focar na vigilância dos sistemas de esgotamento sanitário poderá auxiliar as ações adotadas pelo Sistema Único de Saúde e demais setores no enfrentamento da pandemia. Assim, o emprego da modelagem é oportuno para simular e conhecer a extensão da contaminação da população pela COVID-19, bem como o espalhamento da doença em determinada região, constituindo alternativa complementar aos procedimentos de triagem clínica, visando a auxiliar na promoção da saúde pública.
Artigo disponível em: Modelagem ambiental para COVID-19 (SARS-COV-2) em sistemas de esgotamento sanitário como instrumento auxiliar nas ações de saúde pública