Artigo publicado no número especial Reflexões geográficas em torno da COVID-19, suas dinâmicas e seus impactos da Revista Tamoios (FFP/UERJ).
Resumo: De todas as medidas adotadas para conter a pandemia de COVID-19 no Brasil, a suspensão das atividades escolares está entre as de maior impacto. Além do potencial de diminuir drasticamente o movimento e a interação nas grandes metrópoles, essa suspensão impõe uma mudança radical nos modos como a vida é conduzida. Foi nesse contexto que se estabeleceu um intenso debate em torno do que fazer nas circunstâncias de interrupção dessas atividades. Neste artigo, defende-se que as análises dessas circunstâncias devem levar em conta, principalmente, as dinâmicas contemporâneas de reestruturação do trabalho docente e os condicionantes do acesso desigual a oportunidades educacionais no país. Sustenta-se, igualmente, que é necessário ter em vista os componentes fundamentais da crise, ou melhor, das crises que estão em curso, no Brasil e no mundo, e que vão muito além da urgente dimensão sanitária.
Artigo disponível em: Reestruturação do trabalho docente e desigualdades educacionais em tempos de crise sanitária, econômica e civilizatória