Artigo publicado na edição especial COVID-19 da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (HYGEIA).
Resumo: O Brasil é um país com extensa dimensão territorial e com acentuadas desigualdades socioeconômicas entre suas regiões, o que reflete diretamente no acesso à saúde, principalmente da população mais carente. O mesmo ocorre nos estados, como é o caso de Minas Gerais, com diversidade regional, com características sociais, econômicas e culturais variadas. Daí a importância de se promoverem estudos de cunho regional na tentativa de evidenciar as potencialidades e fragilidades que as regiões apresentam, para que, assim, as políticas públicas de saúde possam ser desenvolvidas com maior eficácia, possibilitando as autoridades sanitárias ações mais assertivas no combate a COVID-19. Em face a essa realidade, o presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a situação epidemiológica da transmissão da COVID-19 no norte de Minas Gerais, Brasil. Considerando que a pandemia de COVID-19 ainda não chegou definitivamente ao Norte de Minas, e que a relação leitos de UTI/população não é adequada, isso impõe ao Estado e às autoridades sanitárias da Região de Saúde tomar medidas urgentes para ampliar o número de leitos com respiradores para atender a demanda crescente que se espera, quando a região enfrentar o pico da pandemia. Outra questão importante é que a hora de estabelecer medidas que imponham o isolamento social com mais rigor é agora, para achatar a curva de transmissão, antes que o número de casos da doença cresça e a situação fique fora de controle.
Artigo disponível em: Situação epidemiológica da transmissão da COVID-19 no Norte de Minas Gerais, Brasil