Artigo publicado no dossiê “A crise da COVID-19 e seus impactos para a classe trabalhadora”, da Revista Pegada (v. 21, n. 2, 2020).
Este artigo procura refletir criticamente sobre as relações de trabalho no interior da circuitos de produção da indústria avícola, com ênfase no caso brasileiro, colocado em perspectiva a partir da situação de outros países. Em meio a pandemia de COVID-19, o setor de produção e processamento de carnes, entendido como atividade essencial, é alvo de uma série de denúncias a respeito de práticas abusivas que colocam a saúde dos trabalhadores em risco. Em diversas pequenas cidades do país, os frigoríficos já atuam como focos de contágio da pandemia. A partir de uma breve caracterização das condições que deram origem ao setor avícola no Brasil apresentamos uma síntese das suas contradições, seja uso intensivo de tecnologia, nos fortes impactos ambientais, na interconexão com capitais financeiros ou no tratamento aviltante dos trabalhadores e riscos inerentes à saúde pública em diversas escalas da sua operação.
Artigo completo disponível em: O trabalho na indústria avícola brasileira: do normal-terrível aos novos riscos em meio pandemia de COVID-19