O artigo foi publicado no número 56 (v. 24) da Revista NERA (2021).
A pandemia do novo Coronavírus tornou mais explícita uma questão estrutural no Brasil: o
par inseparável concentração e desigualdade. Se não bastasse todas as dimensões da vida
afetadas com as consequências da pandemia e o negacionismo em torno do vírus, o
governo brasileiro aproveitou o momento para “passar a boiada”, isto é, para
encaminhar/aprovar reformas que, ao menos teoricamente, necessitam de um amplo
debate por parte da sociedade. Este cenário é marcado por contradições, pois ao mesmo
tempo em que há o avanço do agronegócio, há o aumento da insegurança alimentar, sendo
este último essencial no combate aos efeitos da pandemia. As resistências também são
renovadas/recriadas e o poder da alimentação é, mais uma vez, colocado no centro. O
objetivo do texto é evidenciar as contradições da narrativa em torno da necessidade de
expansão do agronegócio e como que em tempos de pandemia aproveita-se para
encaminhar/aprovar medidas de interesse geral, especialmente relacionadas à questão
ambiental/fundiária.
O artigo completo está disponível em: O “passar a boiada” na questão agrária brasileira em tempos de pandemia