AGB Debate – Políticas Educacionais Contemporâneas: O Ensino de Geografia sob ameaça (1988-2021)

Estimadas(os),

É com satisfação que divulgamos o ciclo de diálogos “AGB Debate – Políticas Educacionais Contemporâneas: O Ensino de Geografia sob ameaça (1988-2021)”.

Em outubro de 2020, em meio a pandemia da COVID-19, fomos surpreendidos com o edital de chamamento “Consulta pública em relação à orientação para as Diretrizes Curriculares de Geografia – Proposta Preliminar 1”, no qual a Comissão da Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) convidou a comunidade científica e escolar a encaminhar contribuições acerca do documento “Orientação para as Diretrizes Curriculares de Geografia – Proposta Preliminar 1 (1/9/2020)”. Além do conteúdo da proposta em questão, o que nos gerou espanto foi o processo pelo qual foi construído, sem diálogo com a comunidade científica e escolar e mediante a ausência de uma comunicação institucional com os departamentos, cursos de Geografia e entidades que os representam.

Diante deste cenário, em novembro de 2020, a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), entidade entidade civil, sem fins lucrativos, que reúne geógrafas e geógrafos, professoras e professores, estudantes de Geografia, formou uma comissão de trabalho, composta primeiramente pelas Seções Locais Belo Horizonte, Campinas, Juiz de Fora, Niterói, São Paulo e Vitória,  com o objetivo de debater e construir um posicionamento da entidade. Em dezembro de 2020, a AGB promoveu a “Atividade de leitura crítica da Proposta Preliminar 1 – DCN” com o objetivo de divulgar a proposta em questão, uma vez que a mesma foi divulgada por por vias não institucionais. Ainda em dezembro, a AGB lançou a “Carta aberta da comunidade geográfica brasileira sobre a reformulação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de Geografia”, assinada por 2.443 professoras e professores da Geografia, geógrafas e geógrafos de todo o território nacional. A carta foi encaminhada ao CNE e aguardamos o retorno em relação ao processo.

Porém, este processo de ameaça ao ensino de Geografia não foi inaugurado com a proposta de reformulação das DNCs, mas sim está em curso há anos e, justamente neste sentido, a comissão de trabalho da AGB formada em novembro de 2020 foi ampliada em termos de participação (incluindo as Seções Locais Aracaju e Fortaleza) e debate. Assim, divulgamos o ciclo de diálogos “AGB Debate –  Políticas Educacionais Contemporâneas: O Ensino de Geografia sob ameaça (1988-2021)”. 

O primeiro encontro do “AGB Debate –  Políticas Educacionais Contemporâneas: O Ensino de Geografia sob ameaça (1988-2021)” ocorrerá no dia 17 de abril de 2021 (sábado), às 15h. A atividade terá o formato de fórum e será realizada na plataforma Google Meet. Para a participação na atividade por meio da plataforma Google Meet é necessária a inscrição prévia através do link até o dia 16 de abril. A participação na  plataforma Google Meet será garantida às 100 primeiras pessoas que entrarem na sala virtual.

Ementa da atividade: No contexto neoliberal de reformas na educação, o currículo é colocado falaciosamente como a resolução dos problemas e desigualdades educacionais do país. A lógica imposta à reforma da educação básica é a mesma que atinge a formação de nível superior com a BNC-Formação de Professores e a reforma geral dos cursos com as DCN. O esforço coletivo proposto pela AGB nesta atividade é o de buscar compreender as origens históricas desse processo, bem como a legislação a ele relacionada, para encontrar formas para intervir/barrar o aprofundamento de tais processos, em que pese as forças de mercado pressionando pela financeirização da educação com vistas à apropriação de um direito básico para assim ampliar seus lucros num cenário de crise capitalista. Portanto, refletir sobre a educação e sua função histórica enquanto papel estratégico em favor da manutenção da ordem social do capital, determinada pelas necessidades da produção de mercadorias, pelo lucro, pela exploração alienante do trabalho se faz urgente. Dessa forma, pensar as lutas e situar as resistências a ao processo de precarização e tecnificação do ensino se torna fundamental.

Seções Locais debatedoras: Belo Horizonte e Niterói.

Solicitamos ampla divulgação.

Em breve retornaremos com maiores informações.

Estamos à disposição em caso de dúvidas.

Saudações AGBeanas,

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